- As empresas portuguesas alcançaram 87% de acolhimento das recomendações do Código do IPCG, com 95% entre as cotadas no PSI, no RAM 2025 (exercício de 2024).
- O relatório, elaborado pela CEAM, reforça a maturidade da governança entre as 35 empresas avaliadas e regista a entrada de três novas empresas não cotadas no processo de monitorização.
- A IA ganhou destaque na governação, com 89% de acolhimento no universo total e 100% no PSI.
- O coordenador dos administradores independentes registou melhoria, passando de 61% no global para 91% no PSI, mas algumas áreas mantêm acolhimento baixo (46–66%).
- O RAM ressalva áreas a melhorar, designadamente comissões especializadas, número mínimo de independentes e participação de acionistas em assembleias, mantendo o foco na transparência, risco e fiscalização.
As empresas portuguesas atingiram um acolhimento global de 87% das recomendações do IPCG, segundo o RAM 2025, relativo a 2024. O desempenho é mais elevado nas cotadas, com 95% de aderência entre as empresas que integram o PSI. O relatório enfatiza a maturidade da governance e o reforço de boas práticas.
O RAM 2025, divulgado pelo IPCG, resulta da avaliação de 35 empresas e destaca a consolidação do modelo de governance. A Comissão Executiva de Acompanhamento e Monitorização (CEAM) aponta o aumento do compromisso com padrões de transparência, ética e eficácia organizacional.
No documento, assinala-se a entrada de três novas empresas não cotadas no processo de monitorização, sinalizando maior procura por boas práticas fora do universo das ações. A IA surge como tema relevante, com 89% de acolhimento no universo e 100% entre as cotadas do PSI.
Contexto Prévio
A IA ganha destaque na agenda de governação, com 89% de aceitação no universo e 100% no PSI. O relatório aponta melhoria no coordenador dos independentes, que sobe para 61% globalmente e 91% no PSI. Ainda assim, áreas como independência, comissões e participação de acionistas mantêm desafios entre 46% e 66%.
Conteúdos e impactos
As áreas de risco, controlo interno e fiscalização continuam a apresentar elevados níveis de excelência. Devem progredir as recomendações sobre identificação, monitorização e mitigação de riscos, bem como sobre a independência do revisor oficial de contas.
A recomendação sobre a presença de mecanismos de IA nos processos decisórios registou evolução expressiva, consolidando a IA na governação corporate. O relatório mantém o foco na melhoria da qualidade da informação e da transparência.
A designação de um coordenador dos administradores independentes foi outra das evoluções mais marcantes: subiu de 50% para 61% no universo global e de 82% para 91% no PSI, contribuindo para maior equilíbrio nos órgãos sociais.
O IPCG, pela CEAM, reforça que o RAM confirma a consolidação do modelo portuguęs de governação e o papel de referência do Código tanto para empresas cotadas como não cotadas. O relatório continuará a acompanhar o progresso ao longo de 2025.
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