- Subida de impostos decidida na última semana acompanha o corte nos descontos do ISP.
- Gasóleo e gasolina devem ficar mais baratos na próxima semana, com o petróleo em saldos há mais de três meses.
- Este cenário permite ao governo aumentar as receitas fiscais sem custos políticos para os contribuintes.
- O agravamento daquela sexta-feira à noite permite ao Fisco encaixar 18 milhões de euros este mês, segundo o Jornal de Negócios.
- No próximo ano poderá haver uma reserva de 1 mil milhões de euros se encerrarem os descontos; Bruxelas pressiona para castigar o consumo de hidrocarbonetos.
O governo anunciou, na última semana, a subida de impostos e o corte nos descontos do ISP. Confrontando com a atualização dos mercados, o gasóleo e a gasolina devem ficar mais baratos na próxima semana, devido a um período superior a três meses de saldos no preço do petróleo.
Este cenário permite ao Fisco aumentar as receitas sem resistência perceptível dos contribuintes. Segundo fontes do sector económico, o agravamento observado neste mês pode encaixar mais 18 milhões de euros na receita fiscal.
Para o próximo ano, projeta-se uma reserva de 1 mil milhões de euros caso o governo decida terminar com os descontos nos combustíveis. A medida decorre também da pressão de Bruxelas para reduzir o consumo de hidrocarbonetos.
Apesar de o petróleo se manter barato por agora, a ideia de que a situação é permanente não é segura. O relatório alerta que, se os preços subirem, toda a economia poderá sentir o impacto.
Em termos de contexto, a composição da matriz energética continua a evoluir, com uma participação crescente de eletrificação. No entanto, o consumo ainda depende de produtos derivados, o que mantém o debate sobre custos ao consumidor.