- O Congresso analisa o grau de envolvimento de Pete Hegseth num ataque a embarcações nas Caraíbas e quem deu a ordem para matar os dois sobreviventes; o almirante Mitch Bradley afirma ter emitido a ordem, enquanto a imprensa sugere que Bradley apenas seguia a ordem de Hegseth.
- De acordo com o The Washington Post, no bombardeamento de 2 de setembro, morreram onze tripulantes de um barco de narcotraficantes; os sobreviventes não eram alvos legítimos segundo o direito internacional.
- O Pentágono concluiu que Hegseth pôs em risco a operação ao divulgar informação confidencial sobre um ataque contra milícias no Iémen via a plataforma Signal; o jornalista Jeffrey Goldberg foi incluído sem querer no grupo de mensagens.
- O número de mortes em ataques no Caribe já ultrapassa oitenta e sete desde setembro, com um ataque recente a mais um barco a provocar quatro óbitos, aumentando a controvérsia sobre a campanha de combate ao narcotráfico.
- O debate público divide-se: o presidente Donald Trump diz manter a confiança em Hegseth, mas há críticas no Congresso; o senador Thom Tillis aponta que o segundo ataque violou códigos éticos, morais e legais.
O Pentágono abriu um inquérito a Pete Hegseth por divulgar informações confidenciais, enquanto surgem denúncias de execuções extrajudiciais durante ataques a embarcações nas Caraíbas. O caso envolve controvérsias sobre quem deu a ordem de ataque contra tripulantes desarmados. O incidente ocorreu a 2 de setembro, e, segundo fontes, onze tripulantes morreram após bombardeamento de um barco de narcotraficantes. Dois sobreviventes estavam aprisionados pelo navio afundado.
A investigação do Congresso analisa o grau de envolvimento de Hegseth no ataque e a origem da ordem para matar. Mitch Bradley é citado como suposto remetente da ordem, mas foi apresentado pela imprensa como herói por parte da defesa. Bradley nega ter recebido ordens e afirma ter agido para defender a operação, enquanto alguns meios apontam que seguia instruções de Hegseth.
O almirante Bradley negou, em declarações recentes, ter recebido ordem para neutralizar os tripulantes sobreviventes, alegando que eles continuariam a representar uma ameaça. O caso também envolve debates sobre legalidade e ética operacionais, com o Pentagon a confirmar riscos gerados pela divulgação de informações confidenciais por Hegseth em uma plataforma de mensagens.
Controvérsia e desdobramentos
O episódio já elevou o número de mortes em ataques no Caribe para além de 87 desde setembro, com novo ataque a um barco registrado recentemente, que vitimou quatro pessoas. Movimentos políticos divergem sobre a avaliação de Hegseth, incluindo o eleitorado e o Partido Republicano.
Donald Trump manteve, inicialmente, apoio ao secretári o da Defesa, mas depois admitiu que não desejaria repetir o segundo ataque. O líder da maioria no Senado, John Thune, recusou comentar a confiança em Hegseth, enquanto Thom Tillis, que votou a favor do secretário, indicou que o segundo ataque violou padrões éticos, morais e legais.