- Em Mira, o BioComp 3.0, consórcio de treze entidades, revelou que a biomassa gerada pela remoção de jacintos-de-água pode virar fertilizante orgânico através da compostagem.
- Foram criados dois compostos promissores: um com biomassa de jacinto e estilha florestal; outro com os dois resíduos e estrume de cavalo, testados em várias culturas.
- Para viabilizar a compostagem é preciso manter a matéria-prima estável ao longo do ano e obter autorizações legais para a comercialização.
- O foco do projeto é o aproveitamento da biomassa gerada, não a solução para impedir a proliferação das plantas, que continua a exigir gestão ambiental.
- Parte do caminho envolve certificações e enquadramento legal para uso comercial, devido aos diferentes cuidados exigidos pelo manejo do jacinto-de-água.
O BioComp 3.0 anunciou hoje, em Mira, no distrito de Coimbra, dois Compostos promissores para transformar jacintos-de-água em fertilizante orgânico. A iniciativa testa a biomassa da planta invasora com estilha florestal e com adição de estrume de cavalo, em várias culturas. O objetivo é avançar na valorização da biomassa gerada pela remoção das plantações invasoras.
O projeto reuniu 13 entidades de empresas, ensino superior, centros de investigação, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e a comunidade intermunicipal da Região de Coimbra. O foco não é erradicar a invasora, mas gerir a biomassa resultante da sua remoção dos rios e lagoas.
Para avançar, os investigadores avaliMOD os resíduos orgânicos locais, incluindo estilha de floresta e estrume animal, para compor com jacinto. O resultado mostrou que a compostagem funciona, desde que haja estabilidade da matéria-prima ao longo do ano e respeito por normas legais.
As duas formulações mais promissoras são: biomassa de jacinto com estilha florestal e outra com adição de estrume de cavalo. Ambos os compostos foram testados em diversas culturas para aferir o comportamento agronómico das misturas.
Apesar dos resultados, os responsáveis destacam a necessidade de autorizações legais para a comercialização. A gestão segura envolve procedimentos específicos para o manuseamento, incluindo tratamento das sementes que podem espalhar a invasora.
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