- O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, inaugurou a nova Unidade de Demonstração da Adega de Palmela no dia 19 de novembro, integrada no projeto REDWine.
- A unidade aplica tecnologia de captura de CO₂ da fermentação para alimentar algas em biorreatores, com potencial de desenvolver novos produtos e reduzir emissões; pode armazenar duas toneladas de CO₂ por tanque e tratar 28 metros cúbicos de efluentes.
- O REDWine é um projeto europeu iniciado em 2021, com orçamento de 7,5 milhões de euros, cofinanciado pelo Bio Based Europe, liderado em Portugal pela AVIPE e com doze parceiros.
- No terceiro trimestre, foram certificados 32,9 milhões de litros de vinho com denominação de origem (DOP) ou indicação geográfica (IG) na península de Setúbal, reforçando o dinamismo regional.
- Existe apoio financeiro adicional de 980 mil euros para a região, para além de investimentos VITIS, e a unidade pretende tornar-se centro de formação com o Instituto Politécnico de Setúbal, fortalecendo Palmela como referência entre tradição agrícola e ciência aplicada.
A ministra da Agricultura inaugurou a Nova Unidade de Demonstração da Adega de Palmela, a 19 de novembro, integrada no projeto REDWine. A cerimónia contou com a presidente da Câmara Municipal de Palmela e dirigentes da Adega e da AVIPE. O espaço insere-se numa estratégia de valorização sustentável dos subprodutos da vitivinicultura, no âmbito de REDWine.
A unidade demonstra tecnologia de captura de CO₂ libertado na fermentação, que alimenta algas em biorreatores. A infraestrutura permite armazenar 2 toneladas de CO₂ por tanque e tratar 28 m³ de efluentes líquidos provenientes das adegas.
O REDWine iniciou em 2021, com 7,5 milhões de euros de orçamento, cofinanciado pelo Bio Based Europe e participação de 12 países, liderados pela AVIPE. Pretende criar uma cadeia de economia circular, transformando CO₂ em produtos para alimentação, cosmética e agricultura.
Tecnologia e impactos
Palmela posiciona-se como referência na interseção entre tradição agrícola e ciência aplicada, com potencial de replicação da unidade noutras adegas portuguesas e europeias. O projeto visa reduzir a pegada de carbono da produção de vinho e apoiar a formação técnica na região, em parceria com o IP Setúbal.
Perspetivas futuras
Para já, o espaço funciona como centro de demonstração e formação, com visitas técnicas mediante marcação. A região recebe ainda um apoio adicional de 980 mil euros para investimentos na viticultura, além dos apoios já existentes pelo VITIS.