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Lídia Jorge alerta: Europa imóvel diante da ideologia de opressão

Lídia Jorge recebe doutoramento honoris causa pela Universidade dos Açores e alerta que a Europa está imóvel diante da ideologia de opressão na era digital

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Escritora portuguesa Lídia Jorge – FOTO: CTK via AP
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  • Lídia Jorge recebeu, em Ponta Delgada, o título de doutora honoris causa em Literatura pela Universidade dos Açores.
  • Na cerimónia, a escritora alertou que a Europa está imóvel diante da repetição da ideologia de opressão e defendeu a presença da literatura e da filosofia no tempo da cultura digital.
  • Disse que a memória histórica, o pensamento filosófico e o domínio da linguagem devem acompanhar a evolução da cultura digital, da robótica e dos programas cibernéticos.
  • Destacou que a linguagem poética resiste à oferta mecânica da inteligência artificial e advertiu para a desvinculação entre realidade e discurso que a tecnologia pode promover.
  • Reiterou a esperança de que os jovens adotem uma nova ideologia que combata a brutalidade das palavras e ações, em meio a um contexto que lembra riscos históricos.

Lídia Jorge, escritora portuguesa de referência, recebeu hoje o título de doutora honoris causa em Literatura pela Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel. A cerimónia incluiu uma intervenção sobre cultura digital, liberdade e linguagem, com ligação entre literatura, filosofia e tecnologia.

A autora avisou que a Europa parece imóvel perante a repetição da ideologia da opressão e defendeu que o pensamento crítico e o domínio da linguagem devem acompanhar a cultura digital, a robótica e os programas cibernéticos que exploram o espaço cósmico.

Ao longo do discurso, Lídia Jorge destacou que a escrita poética resiste ao discurso automático da inteligência artificial e alertou para a desvinculação entre realidade e discurso, que pode validar a falsidade. Observou ainda que mensagens manipuladoras podem apresentar como verdade algo visívelmente falso.

A reitora da universidade, Susana Mira Leal, referiu que a atribuição do título é um gesto de resistência cultural e de reconhecimento do contributo da autora para o conhecimento, a cultura e a cidadania crítica em Portugal.

Lídia Jorge estreou-se em 1980 com O Dia dos Prodígios e soma uma vasta obra que inclui O Cais das Merendas, Notícia da Cidade Silvestre e Estuário, entre outros. Ao longo da carreira recebeu vários prémios nacionais e internacionais de destaque.

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