- Quatro funcionários da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) tiveram as funções suspensas e estão sujeito a coação de proibição de contactos; quatro empresários do setor ficaram detidos, com cauções, e um deles com apresentações periódicas obrigatórias.
- No total, foram constituídos arguidos 17 indivíduos numa operação anterior de buscas, incluindo na sede da CVRVV, realizada pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto.
- A investigação, designada operação Puro Verde, visava um alegado esquema de conluio entre funcionários e empresários para favorecer estes, nomeadamente com a omissão de fiscalização da origem, trânsito e depósito de uvas durante a vindima de dois mil vinte e cinco.
- Difundido pela PJ, o processo envolve apreensão de bens em espécie e numerário; o objetivo era detetar violações das regras de certificação e de fiscalização.
- As buscas realizaram-se na quarta-feira e envolveram também a participação de autoridades da GNR e da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Na sequência da operação Puro Verde da Polícia Judiciária (PJ) no Porto, decorrem medidas contra alegado favorecimento a empresários do setor vinícola. O tribunal dictou a suspensão de funções de quatro funcionários da CVRVV e aplicou coação de proibição de contactos com outros arguidos. A ação envolve também quatro empresários detidos, com cauções apresentadas.
A investigação, que teve início a partir de uma denúncia anónima, visou esclarecer um alegado esquema de conluio entre funcionários da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e empresários. O objetivo era beneficiar operadores económicos através de omissão na fiscalização da origem e trânsito das uvas durante a vindima de 2025.
Quatro funcionários da Divisão de Fiscalização e Controlo da CVRVV ficaram suspendidos, com medidas adicionais de coação. Quatro empresários do setor de produção e distribuição de vinhos verdes também foram detidos, com cauções. Além disso, 17 arguidos ficaram constituídos no âmbito da operação, que incluiu 21 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo na sede da CVRVV, no Porto.
Operação Puro Verde e medidas aplicadas
A Justiça confirmou ainda que um dos detidos está sujeito a apresentações periódicas obrigatórias. A investigação pretende apurar se houve violação das regras de certificação e reforço da fiscalização, bem como o trânsito de uvas para adegas e produtores na vindima. Os trabalhos contaram com a participação da PJ, GNR e ASAE.