- A União Europeia aprovou um empréstimo de noventa mil milhões de euros à Ucrânia, financiado por dívida comum da UE, sem custos para os Estados-membros.
- António Costa anunciou a medida nas redes sociais, após quase catorze a quinze horas de reunião do Conselho Europeu em Bruxelas.
- A solução substitui a tentativa de usar ativos russos imobilizados; o empréstimo será pago quando a Rússia pagar as reparações devidas, e não representa risco financeiro adicional para a UE.
- Hungria, Eslováquia e República Checa não participam; a ajuda será entregue em dois anos, por tranches, começando nos primeiros três meses de 2026.
- Putin afirmou equilíbrio da economia russa e avanço das tropas; ao mesmo tempo, a Rússia lançou cento e sessenta drones contra a Ucrânia, afetando Odessa e infraestruturas energéticas.
A União Europeia aprovou um apoio financeiro relevante à Ucrânia, no âmbito do Conselho Europeu realizado em Bruxelas. O acordo envolve um empréstimo de 90 mil milhões de euros, financiado por dívida emitida pela UE, sem custos diretos para os Estados-membros. A decisão ocorreu após quase 16 horas de discussões, entre reacções divergentes dentro do bloco.
O empréstimo destina-se a financiar a Ucrânia ao longo dos próximos dois anos, em várias tranches. Segundo o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, o montante não incide em custos para os países da UE, cabendo ao pagamento ocorrer quando a Rússia reconheça as responsabilidades. O que não foi utilizado envolve ativos russos congelados, o que levou a que a opção do empréstimo fosse adotada apenas como plano B.
Mudança de tema: acordo e adesões
Embora aceite pela maioria, alguns países recusaram o esquema financeiro: Hungria, Eslováquia e República Checa não vão participar. A Ucrânia deverá iniciar o recebimento já nos primeiros três meses de 2026, com transferências previstas ao longo de dois anos. Trabalhos técnicos continuam para avaliar outras vias de utilização de ativos congelados.
Reacções internacionais e contexto
Putin afirmou que a economia russa mantém equilíbrio orçamental, com saldo semelhante ao de 2021, antes da guerra que levou a sanções ocidentais. O líder russo disse ainda que as forças de Moscovo avançam em todas as frentes, conforme balanço feito numa conferência televisiva.
Finanças e investimento
Kirill Dmitriev, responsável pelo Fundo Russo de Investimento Direto, saudou a decisão da UE de financiar a Ucrânia através de dívida, ao invés de usar ativos russos congelados. A mudança de abordagem ocorre num contexto de debates sobre novas fontes de financiamento para a Ucrânia e de evolução da conjuntura geopolítica na região.
Ataques e impacte na Ucrânia
Desde quinta-feira, a Rússia lançou 160 drones de longo alcance, com 47 atingindo 23 áreas da Ucrânia. Odessa sofreu cortes de energia devido aos ataques, numa sequência de bombardeamentos que visam infraestruturas energéticas. O Ministério da Defesa ucraniano informou os impactos sobre a rede eléctrica local.
Entre na conversa da comunidade