- Zelensky reuniu-se em Berlim com Friedrich Merz e os enviados dos EUA Steve Witkoff e Jared Kushner, para discutir garantias de segurança ocidentais legalmente vinculativas aprovadas pelo Congresso dos EUA.
- O presidente ucraniano lembrou que, porque os EUA e alguns países europeus rejeitaram a adesão da Ucrânia à NATO, o Ocidente deve oferecer garantias de segurança semelhantes às da aliança para prevenir nova agressão russa.
- Zelensky rejeitou a proposta dos EUA de criar uma zona económica livre desmilitarizada em Donetsk, questionando quem a iria gerir e defendendo que as tropas ucranianas não devem recuar para lá.
- Reiterou a necessidade de congelar a linha de frente, dada a sensibilidade da questão, antes da cimeira de segunda-feira convocada pelo chanceler alemão.
- As negociações decorrem a poucos dias da cimeira entre líderes europeus, instituições comunitárias e a NATO; a guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de dois mil e vinte e dois, já fez dezenas de milhares de mortos.
Volodymyr Zelenskiy reuniu-se hoje em Berlim com o chanceler alemão Friedrich Merz, bem como com os enviados dos EUA Steve Witkoff e Jared Kushner para as negociações de paz na Ucrânia. O encontro ocorreu numa altura em que Kiev busca garantias de segurança ocidentais, dado o recuo dos EUA e de algumas capitais europeias em aceitar a adesão da Ucrânia à NATO.
A prioridade do Presidente ucraniano foi obter garantias legais vinculativas, reconhecidas pelo Congresso norte-americano. Zelenskiy reforçou que estas garantias são essenciais para prevenir uma nova agressão russa e manter a linha de apoio ocidental já prometido a Kiev.
Zelenskiy rejeitou, de forma irrecusável, a proposta dos EUA de criar uma zona económica livre desmilitarizada na região oriental de Donetsk. Questionou quem geriria a zona, e se tropas russas poderiam recuar menos do que as forças ucranianas. Em vez disso, pediu o congelamento da linha de contacto atual.
As discussões de hoje decorrem antes da cimeira convocada pelo chanceler Merz, prevista para segunda-feira, que reunirá líderes europeus, representantes de instituições da União Europeia e membros da NATO. A reunião visa alinhamento sobre a paz na Ucrânia e garantias de segurança.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em fevereiro de 2022, já provocou dezenas de milhares de mortes civis e militares segundo várias fontes. A reunião em Berlim insere-se num esforço diplomático mais amplo para obter um acordo que satisfaça as partes e estabilize a região.
Entre na conversa da comunidade