- O Governo do Canadá retirou a Síria da lista de Estados que apoiam ou apoiaram o terrorismo.
- O grupo Hay’at Tahrir al-Sham (HTS) foi removido da lista de entidades terroristas.
- Os Estados Unidos levantaram as sanções contra a Síria por seis meses, com exceção de transações com a Rússia e com o Irão.
- Ahmad al-Sharaa visitou Washington e assumiu a presidência interina de transição síria.
- As medidas refletem movimentos de aliados, incluindo o Reino Unido e o Conselho de Segurança da ONU, para normalizar relações e promover estabilidade em Damasco.
O governo do Canadá retirou a Síria da sua lista de Estados estrangeiros que apoiam ou apoiaram o terrorismo. A medida enquadra-se numa mudança de postura face à evolução do conflito sírio, iniciado em 2011, e às ações de transição em Damasco.
Simultaneamente, o Ministério da Segurança do Canadá confirmou que o HTS, antigo braço sírio da Al-Qaeda, foi removido da lista de entidades terroristas. A decisão acompanha uma linha traçada por aliados ocidentais nos últimos meses.
Os Estados Unidos anunciaram a suspensão temporária de sanções contra a Síria por seis meses, excecionando transações com governos da Rússia e do Irão. A medida coincide com a visita de Ahmad al-Sharaa a Washington, onde assumiu a presidência de transição do país.
Ahmad al-Sharaa, que já liderou a frente que mais tarde evoluiu para o HTS, tornou-se presidente interino após a deposição do regime de Bashar al-Assad. Desde então, tem procurado normalizar relações internacionais e promover a estabilidade interna, apesar dos desafios de segurança.
Desdobramentos internacionais
Washington, Londres e o Conselho de Segurança da ONU têm vindo a flexibilizar gradualmente as sanções visando facilitar o processo de transição sírio. As autoridades dos EUA reiteraram que as sanções permanecem para figuras consideradas responsáveis por violações graves de direitos humanos.
No mesmo pacote de alterações, o governo de transição sírio tem promovido contactos diplomáticos para abrir espaço a uma reconciliação regional. Ainda que existam avanços, persistem dificuldades relacionadas com tensões sectárias e questões de governação.
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