- O presidente Donald Trump pretende anunciar, antes do Natal, a composição do novo governo da Faixa de Gaza para avançar para a segunda fase do seu plano de paz.
- A segunda fase prevê um governo tecnocrático sem representação do Hamas e a criação de um Conselho de Supervisão liderado por Trump.
- O grupo de liderança em Gaza terá entre 12 e 15 palestinianos com experiência em gestão e negócios, sem ligações ao Hamas, Fatah ou outros movimentos.
- O executivo incluirá um gabinete com o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair; o Conselho de Paz contará com cerca de dez líderes de países árabes e ocidentais.
- Israel deverá retirar-se da maior parte da Faixa de Gaza; será enviada uma Força Internacional de Estabilização com contributos previstos de Indonésia, Azerbaijão, Egito e Turquia; Netanyahu viajará aos Estados Unidos para discutir a fase.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, planeia anunciar a composição do novo governo da Faixa de Gaza antes do Natal, numa etapa que avança o seu plano de paz para o Médio Oriente. A informação é avançada pelo Axios.
A segunda fase do plano prevê um governo tecnocrático sem representação do Hamas e a criação de um Conselho de Supervisão liderado por Trump. O grupo de liderança em Gaza deverá ter 12 a 15 membros com experiência em gestão e negócios.
O governo será supervisionado por um Conselho de Paz, integrado por cerca de dez líderes de países árabes e ocidentais. O órgão executivo incluirá o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e conselheiros da Casa Branca.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viajará aos EUA para discutir a segunda fase com Trump. A etapa inclui a retirada de Israel da maior parte da Faixa de Gaza e a criação de uma Força Internacional de Estabilização.
A FIE deverá contar com contribuições de tropas da Indonésia, Azerbaijão, Egipto e Turquia, segundo o Axios. O objetivo é apoiar a ocupação internacional da zona e manter a segurança.
A primeira fase do plano começou em outubro com a implementação do cessar-fogo, mantendo-se ataques que provocaram centenas de mortos entre os palestinianos. Relatos locais falam em mais de 300 vítimas.
A libertação de reféns do Hamas está praticamente concluída, com aguardada a repatriação de restos mortais de um refém falecido. A guerra foi desencadeada pelos ataques de 7 de outubro.
Esses ataques, liderados pelo Hamas no sul de Israel, resultaram na morte de cerca de 1.200 pessoas e no raptos de 251. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva de grande escala na Faixa de Gaza.
Nesta ofensiva, autoridades locais estimam que já morram mais de 70 mil pessoas, a maioria civis, além de destruição de infraestruturas e deslocação maciça de população. O conflito continua sem perspetiva de cessar-fogo imediato.