- O número de mortos no incêndio no Wang Fuk Court, em Hong Kong, subiu para 161, com mais uma vítima identificada por análise de ADN; o balanço anterior era de 160.
- As perícias seguem em curso e o comissário da Polícia, Joe Chow, não excluiu que o total possa variar à medida que a investigação for avançando.
- O desmantelamento das redes de proteção e dos andaimes de bambu começou na sexta-feira, mas só ocorre em quatro dos sete edifícios por razões de segurança; a recolha de provas continua sem data para terminar.
- O fogo começou a 26 de novembro, quando a rede que cobria estruturas de bambu entre o rés-do-chão e o primeiro andar incendiou-se, propagando-se rapidamente para seis torres adicionais; o complexo tem oito torres e cerca de 4.643 habitações.
- O Governo criou uma comissão de inquérito independente para esclarecer as causas e os procedimentos de obras, com relatório em até nove meses; paralelamente, a Comissão Independente contra a Corrupção deteve o presidente atual e o anterior da associação de moradores, no âmbito de investigações sobre o incêndio.
O número de mortos no incêndio no complexo residencial Wang Fuk Court, em Hong Kong, subiu para 161, após identificação de mais uma vítima por ADN. A atualização foi anunciada pelas autoridades policiais.
O comissário da Polícia, Joe Chow, reforçou que as perícias continuam em curso e que o total pode sofrer novas variações à medida que avançam os trabalhos forenses. O estado de alguns restos complicou as identidades.
O balanço anterior apontava 160 óbitos. Chow explicou que o desmantelamento das redes de proteção e dos andaimes arrancou na sexta-feira, mas apenas em quatro dos sete edifícios é que o trabalho decorre por questões de segurança.
O incêndio começou a 26 de novembro, quando uma rede de bambu que ligava o rés-do-chão ao primeiro andar de Wang Cheong House incendiou-se. O fogo propagou-se rapidamente para seis torres vizinhas.
Investigação independente e responsabilidades
Dados preliminares indicam falhas na resistência ao fogo de redes e na utilização de painéis de poliestireno expandido altamente inflamáveis, levantando suspeitas sobre cortes de materiais e falhas nos contratos.
A Comissão Independente de Inquérito, presidida por um magistrado, foi criada pelo Governo para apurar as causas do início e da propagação do incêndio, bem como a conformidade regulatória e eventuais responsabilidades criminais. O relatório final está previsto num prazo de até nove meses.
Controvérsias e ações administrativas
A ICAC deteve, na quarta-feira, o atual presidente da associação de moradores e o antecessor, no âmbito da investigação sobre a catástrofe. O Ministério Público investiga mais de uma dezena de pessoas ligadas ao caso, incluindo dirigentes da empresa responsável pela obra.
O complexo, concluído em 1983 sob um programa de habitação pública, tem oito torres de 31 andares e abriga cerca de 4.643 residentes, segundo o recenseamento de 2021. As obras de renovação decorreram desde julho, avaliadas em 330 milhões de dólares de Hong Kong.
Situação atual e perspetivas
Na altura do fogo, estruturas estavam envoltas em andaimes de bambu e redes, com intervenções em curso. As investigações continuam, com recolha de provas materiais e análise de possíveis irregularidades contratuais. Não há data para a conclusão dos trabalhos.
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