- A ICAC deteve o atual presidente da associação de moradores do Wang Fuk Court, Tsui Man-kan, e o ex-presidente Tang Kwok-kuen, em investigação por corrupção e manipulação de contratos de remodelação do complexo.
- O incêndio do dia 26 de novembro no Wang Fuk Court já provocou pelo menos 160 mortos, sendo o mais mortífero em Hong Kong desde 1948.
- O Ministério Público investiga treze pessoas ligadas ao incêndio por homicídio por negligência, entre diretores e um consultor de engenharia da empresa responsável pelas obras.
- Em 12 de dezembro foi anunciada uma comissão de investigação liderada pelo juiz David Lok Kai-hong para apurar as circunstâncias do incêndio, com prazo inicial de nove meses.
- A comissão irá avaliar causas da propagação, a resposta dos bombeiros e a legalidade das obras, apresentando recomendações para um novo quadro de prevenção de incêndios ao chefe do executivo, John Lee Ka-chiu.
Um incêndio no complexo Wang Fuk Court, em Hong Kong, ocorrido a 26 de novembro, provocou um elevado número de mortos, já reportados em pelo menos 160. A altíssima mortalidade impulsionou investigações sobre corrupção na remodelação do edifício e potenciais homicídios por negligência envolvendo dirigentes da construtora e seus associados.
A ICAC deteve o atual presidente da associação de moradores, Tsui Man-kan, e o ex-presidente Tang Kwok-kuen, no âmbito das investigações. Ambos tinham ido à sede da ICAC para colaborar, mas recusaram falar com a imprensa ao sair. Tsui sucedeu Tang como presidente em setembro de 2024.
A investigação central foca alegada corrupção e manipulação de contratos de remodelação. O Ministério Público está a investigar 13 pessoas ligadas ao incêndio por homicídio por negligência, incluindo diretores e um consultor de engenharia da empresa responsável pela obra.
Comissão de Inquérito
Em 12 de dezembro, foi anunciada a criação de uma comissão de investigação liderada por David Lok Kai-hong, juiz do Tribunal de Primeira Instância. A comissão deverá começar no final do mês e tem prazo inicial de nine meses para examinar todas as circunstâncias do sinistro.
A comissão vai analisar as causas da propagação das chamas, incluindo eventuais falhas nos materiais de proteção utilizados nas obras, bem como a resposta dos bombeiros e a legalidade das intervenções realizadas no edifício. O objetivo é apresentar propostas para um novo quadro de prevenção de incêndios.
O chefe do Executivo, John Lee Ka-chiu, afirmou que a comissão deverá apresentar recomendações para reformas profundas, visando evitar incidentes similares no futuro. O próprio Lee admitiu que o encargo é complexo e que nove meses pode não ser suficiente, mas reforçou a necessidade de agir com rapidez.
Entre na conversa da comunidade