- Putin reafirmou aos russos e ao mundo que a Rússia vai alcançar os objetivos na Ucrânia, afirmando que as tropas avançam e o inimigo recua.
- O contexto inclui o plano de paz dos Estados Unidos para a Ucrânia e, na União Europeia, a decisão de emitir 90 mil milhões de euros para 2026‑2027.
- O líder pediu o reconhecimento internacional dos territórios ucranianos ocupados desde o início da guerra, rejeitando a adesão da Ucrânia à NATO e criticando aliados europeus.
- Putin manteve a leitura de que a economia russa é estável, com previsão de PIB de 1%, défice de 1,6%, inflação abaixo de 6% e desemprego de 2,2%.
- A conferência cobriu perguntas filtradas por inteligência artificial, mencionou um cometa como “arma secreta” e abordou questões sobre eleições na Ucrânia e o papel de Trump.
Vladimir Putin reafirmou ontem, aos russos e ao mundo, que a Rússia vai alcançar os objetivos militares na Ucrânia. O líder disse que as tropas avançam ao longo da linha de frente, e o inimigo recua em várias direções, durante uma conferência de imprensa em Moscovo.
A declaração ocorreu na edição anual de balanço de guerra, em meio a tensões com os EUA e a União Europeia. Putin participa há 25 anos no mesmo formato, que serve para consolidar o poder e discutir temas internos e globais.
A fala surge num contexto de diplomacia internacional com o plano de paz dos EUA para a Ucrânia em circulação e com a UE a recorrer a instrumentos financeiros para apoiar Kyiv. A conferência reuniu perguntas da população, filtradas com recurso a inteligência artificial.
Contexto internacional e respostas
Putin reiterou a disponibilidade para um acordo que trate das “causas profundas” do conflito, desde que haja reconhecimento dos territórios ucranianos ocupados desde 2014 e 2022. O líder pediu ainda que a Ucrânia abdique da adesão à NATO.
Observa-se, no plano europeu, a decisão da UE de emitir dívida de 90 mil milhões de euros para 2026-27, em substituição aos ativos russos congelados. Este passo foi apresentado como financiamento ao esforço de Kyiv.
O Kremlin criticou a leitura de aliados europeus sobre as próximas etapas e questionou a leitura dos estrategas ocidentais. Putin ironizou o secretário-geral da NATO, ao comentar pedidos para preparar-se para um confronto com a Rússia.
Putin ainda assinalou que os Estados Unidos teriam removido a Rússia da lista de inimigos na nova Estratégia de Segurança Nacional. Afirmou que a responsabilidade recai sobre Kiev e seus apoiantes europeus.
Desempenho económico e considerações
O presidente citou indicadores económicos que, segundo ele, demonstram estabilidade: crescimento do PIB próximo de 1%, défice de 1,6%, inflação abaixo de 6% e desemprego de 2,2%. Afirmou que o conjunto de fatores sustenta a confiança na economia.
Respondendo a questões locais, Putin disse que vai discutir políticas comerciais com o governo, rejeitando aumentos de preços regulatórios. Acertou, ainda, em responder a um anúncio sobre um cometa próximo da Terra, descrevendo-o como uma possível “arma secreta”.
O líder mencionou ainda o número de perguntas recebidas, estimando cerca de três milhões, com filtragem apoiada por IA. Questionado sobre a vida pessoal, respondeu de forma breve, sem revelar identidades.
Entre na conversa da comunidade