- O Ministério da Defesa da Coreia do Sul confirmou que está a investigar factos envolvendo o Comando de Guerra Psicológica, a mando do ministro Ahn Gyu-back.
- Um testemunho, publicado por um jornal local, indica que balões com panfletos foram usados entre 2023 e 2024 sem informar as unidades superiores, durante a presidência de Yoon.
- Se confirmado, o relato contraria a versão do governo anterior, que atribuía os panfletos a ativistas e não ao aparato militar.
- O Presidente atual, Lee Jae-myung, disse que Seul pode apresentar um pedido de desculpas a Pyongyang se as informações se verificarem, depois de ter dito que o país esteve à beira da guerra.
- A investigação cruza-se com um processo aberto em novembro que acusa Yoon de ter alegadamente autorizado o uso de drones para propaganda sobre Pyongyang em 2024, levando a uma queixa da Coreia do Norte na ONU em fevereiro.
Por ordem do ministro da Defesa, Ahn Gyu-back, está a ser conduzida uma investigação sobre os factos envolvendo o Comando de Guerra Psicológica, aponta o Ministério da Defesa sul-coreano. A averiguação abrange atuais e antigos comandantes do órgão, segundo a EFE. O foco são panfletos lançados entre 2023 e 2024, no período da presidência de Yoon.
Um testemunho de um oficial da divisão responsável pela propaganda contra o Norte afirma que balões com panfletos foram usados sem informar as unidades superiores, entre 2023 e 2024. Se confirmado, este relato contraria a versão oficial anterior e sugere uma provocação atribuída ao aparato militar.
O presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, partilhou na rede social X o depoimento do soldado, afirmando que o país esteve “à beira da guerra” devido a estas medidas secretas. A expressão pública de possível desculpa a Pyongyang foi mencionada numa conferência de imprensa.
Investigação e enquadramento legal
A investigação cruza-se com um processo judicial aberto em novembro, em que o Governo é acusado de ter autorizado, em 2024, o uso de drones para propaganda sobre Pyongyang. O objetivo declarado seria obter uma resposta do regime norte-coreano e justificar uma eventual lei de emergência.
A Coreia do Norte já apresentou uma queixa formal junto das Nações Unidas, em fevereiro, relacionada com o lançamento de propaganda sobre Pyongyang. Mantêm-se, assim, as relações tensas entre Seul e Pyongyang e o escrutínio aos procedimentos do governo.