- O Bundestag aprovou um plano modificado para atrair recrutas, sem reintroduzir a obrigatoriedade, mas com possibilidade limitada em situações extremas.
- A votação terminou 323 votos a favor, 272 contra e uma abstenção.
- A partir de 2026 serão enviados questionários aos jovens que completam 18 anos para avaliar a disposição para o serviço; os homens deverão responder e passar por exames médicos.
- O objetivo é chegar a 260 mil militares e 200 mil reservistas na próxima década, com salários e condições mais atrativas, melhor formação e duração mais flexível (mínimo de seis meses).
- O Governo discute a necessidade de reforçar as forças após o investimento no equipamento, em contexto de debate europeu sobre recrutamento, com França, Bélgica e Polónia a adotarem medidas semelhantes.
O Bundestag aprovou um plano modificado para atrair recrutas sem reintroduzir a obrigatoriedade, mas com uma possibilidade limitada em situações especiais. A votação terminou 323 votos a favor, 272 contra, com uma abstenção.
O objetivo é aumentar o efetivo para 260 mil militares e 200 mil reservistas na próxima década. Desde 2011, a Alemanha suspendeu o serviço militar obrigatório, mantendo apenas recrutamento voluntário.
As medidas incluem salários e condições mais atrativas para períodos curtos, melhor formação e maior flexibilidade quanto à duração do serviço, com um mínimo de seis meses. A ideia é reforçar a prontidão.
A partir de 2026, jovens que completam 18 anos receberão questionários para avaliar disposição para o serviço, com homens obrigados a responder e a passar por exames médicos. O esquema visa orientar o recrutamento.
A defesa afirma que o investimento em equipamento, realizado após a invasão da Ucrânia, tornou o país mais atrativo para voluntários. O Governo já tem parallels com outros países europeus na ênfase ao voluntariado.
Críticos na oposição alertam para riscos de progressão rumo à conscrição. A deputada Desiree Becker, do Partido da Esquerda, pediu aos jovens para se informarem sobre a objeção de consciência.
O plano surge em contexto europeu de maior presença militar voluntária. França, Bélgica e Polónia têm programas de recrutamento ampliados para jovens, destacando uma tendência regional.
Dados históricos indicam que o número de militares na Alemanha ficou acima de 180 mil nos últimos anos, muito abaixo dos 300 mil de 2001, entre os quais um terço eram recrutas.
O Governo ressalta a necessidade de robustecer a defesa sem impor o serviço obrigatório, mantendo cláusulas que permitam atuação em cenários extremistas ou de crise.