- O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou ter falado recentemente com autoridades norte-americanas, incluindo Christopher Landau, para sensibilizar para a comunidade portuguesa na Venezuela e promover uma solução dialogada.
- Rangel disse ter mantido contactos com Espanha, Itália e União Europeia, destacando o papel das embaixadas e conselhos com canais de emergência para portugueses na Venezuela.
- Mantêm‑se avaliações de planos de contingência, preparados de forma abstrata e sem divulgação de detalhes, com a esperança de não serem ativados.
- Não há registo de situações que justifiquem alarme entre portugueses na Venezuela; as comunicações com a comunidade foram reforçadas.
- No contexto regional, Washington tem pressionado Caracas e já houve suspensão de voos para a Venezuela por várias companhias, incluindo a TAP, com recomendações de cautela pela FAA.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou ter conversado recentemente com autoridades norte-americanas para sensibilizar sobre a presença da comunidade portuguesa na Venezuela e promover uma solução pacífica. A comunicação ocorreu enquanto Washington intensifica a pressão sobre Caracas.
Rangel revelou ter falado com o secretário de Estado adjunto dos EUA, Christopher Landau, discutindo o papel das comunidades portuguesa, espanhola e italiana na região. O objetivo é incentivar uma solução dialogada para as tensões entre Washington e Caracas. A mensagem foi transmitida também em sessões junto da NATO.
O ministro destacou que várias nações têm pedido aos EUA para considerar o peso das suas comunidades na Venezuela. Reforçou que, junto de Espanha, Itália e União Europeia, persiste o apelo por uma saída pacífica e por um diálogo entre as partes envolvidas.
Sobre planos de contingência, Rangel explicou que Portugal possui mecanismos preparados de forma abstrata para diversas situações globais, sem divulgar detalhes. A previsão é evitar a ativação de qualquer protocolo, caso não seja necessário.
Em termos de proteção consular, os consulados-gerais de Caracas e Valência anunciaram, no fim de semana, canais de emergência para portugueses na Venezuela. A medida visa assegurar orientação e assistência rápidas a cidadãos no terreno.
O governo português acompanha a evolução da crise, mantendo contacto próximo com a comunidade e com as representações em Caracas, Valência e Bruxelas. Não foram registadas situações que justifiquem alarme entre os lusodescendentes, sublinha Rangel.