- Adriano Quintanilha e Nuno Ribeiro foram condenados a quatro anos de prisão efetiva pelo esquema de dopagem na W52-FC Porto, no âmbito da operação Prova Limpa.
- Em cúmulo jurídico, a pena única para ambos é de quatro anos e nove meses de prisão efetiva; os atletas receberam penas suspensas.
- Quintanilha era quem planeava o doping e decidia os pagamentos, enquanto Ribeiro ligava-se aos ciclistas, comprava e distribuía as substâncias e dava instruções sobre o uso.
- A Associação Calvário Várzea foi condenada a pagar 57 mil euros ao Estado e a cumprir interdikções de participação em competições de ciclismo por quatro anos.
- O advogado de Ribeiro anunciou recurso, afirmando que a pena não era a esperada; julgamento ocorreu num pavilhão anexo ao Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira.
Quintanilha, antigo patrão da W52-FC Porto, e Nuno Ribeiro, ex-diretor desportivo da mesma equipa, foram condenados a quatro anos de prisão efetiva pelo esquema de dopagem no ciclismo relacionado com a operação Prova Limpa. O julgamento decorreu num pavilhão anexo ao Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, onde estavam 26 arguidos.
O acórdão decidiu, em cúmulo jurídico, aplicar a ambos a pena única de quatro anos e nove meses de prisão efetiva. A gravidade dos factos foi sublinhada pelo presidente do tribunal, que considerou provados quase todos os factos imputados pelo Ministério Público.
Quintanilha era apontado como o elemento que estruturou o plano de doping na W52-FC Porto, com poder de decisão final sobre os pagamentos das substâncias. Ribeiro era o elo com os ciclistas, responsável pela compra, distribuição e instruções sobre substâncias dopantes. Os atletas acusados tiveram penas suspensas, e houve duas absolvições.
Penas portadas pela Calvário Várzea
A associação Calvário Várzea, da qual Quintanilha era presidente, foi condenada a pagar 57 mil euros ao Estado. Ficou ainda sujeita a interdições de participação em competições de ciclismo, durante quatro anos.
Recurso anunciado
Ao advogado de Nuno Ribeiro coube a confirmação de que será apresentado recurso, alegando que a pena não correspondia às expectativas. O caso permanece em tramitação judicial, com recurso a ser apreciado pelas instâncias competentes.
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