- O número de mortos subiu para 914 nas inundações e deslizamentos em Sumatra, provocados pela passagem de um ciclone no final de novembro, com 389 desaparecidos e 4.200 feridos.
- Quase 3,5 milhões de pessoas foram afetadas pelas consequências do temporal, que atingiu várias províncias do norte da ilha.
- A logística de ajuda permanece difícil, com estradas cortadas, pontes derrubadas e uso de helicópteros para distribuir apoio.
- As autoridades suspenderam a atividade mineira na região para investigar se a desflorestação pode ter agravado o desastre.
- Em Aceh, uma das zonas mais afetadas, populations aguardavam o gás de cozinha e outras ajuda, enquanto o fornecimento elétrico e logístico sofre interrupções.
As chuvas fortes e deslizamentos em Sumatra, provocados pelo ciclone no final de novembro, deixaram até ao momento 914 mortos, 389 desaparecidos e 4.200 feridos. Quase 3,5 milhões de pessoas foram afetadas, com várias áreas isoladas e dificuldades logísticas para a entrega de ajuda.
As operações de resgate persistem com estradas cortadas e pontes derrubadas. Helicópteros entram em operação para levar alimentos e mantimentos a zonas de difícil acesso, sobretudo na província de Aceh, uma das mais afetadas.
A suspensão de atividades mineiras na região foi anunciada para permitir uma investigação sobre possíveis ligações entre desflorestação e o desastre. As autoridades pretendem avaliar a responsabilidade de uma dúzia de empresas.
Desafios logísticos e resposta humanitária
O anúncio de cortes na rede elétrica e de transporte complica a distribuição de assistência. Equipes de emergência relatam dificuldades em alcançar distritos isolados, agravadas pela lama que atinge habitações até aos tetos.
Há ainda alertas de novo episódio de chuvas fortes que podem intensificar a crise em Aceh e em regiões vizinhas, num quadro já marcado por tempestades tropicais e cheias de monção.
Perspectivas e contexto regional
Entre os países afetados pela mesma vaga de cheias estão Sri Lanka, Tailândia, Malásia e Vietname, com fatalities relativos. Analistas apontam para causas como aquecimento do oceano, desflorestação e planeamento urbano deficiente, que agravam fenómenos climáticos extremos.
O governador de Aceh reiterou que a fome e a dificuldade de chegar a áreas remotas podem elevar o número de mortos, destacando a necessidade de respostas rápidas para evitar novas perdas humanas.