- Governo e Embraer assinam carta de intenção para abrir fábrica de aeronaves Super Tucano em Beja, numa cerimónia que assinalou a entrega das primeiras cinco unidades.
- As cinco aeronaves integram um lote de doze A-29N Super Tucano encomendadas pela Força Aérea Portuguesa, com entrega prevista ao longo dos próximos dois anos.
- A fábrica em Beja pretende produzir parte das aeronaves em Portugal, formar pilotos localmente e consolidar o país como polo europeu na defesa.
- Portugal já tem aeronaves modificadas pela Embraer para cumprir requisitos da NATO, ONU e UE, permitindo futuras exportações dentro dessas alianças.
- O ministro da Defesa e o presidente da Embraer destacaram o impacto económico e estratégico, incluindo criação de empregos qualificados e o papel de Portugal na formação e manutenção dos equipamentos.
O Governo de Portugal e a Embraer assinaram uma carta de intenções para abrir uma fábrica de aeronaves Super Tucano em Beja, no âmbito da entrega de cinco unidades já realizadas. A cerimónia ocorreu durante o ato de entrega das aeronaves.
As primeiras cinco A-29N Super Tucano foram entregues à Força Aérea Portuguesa, com o total de doze unidades previsto ao longo de dois anos. A fábrica em Beja ficará responsável pela produção local e pela formação de pilotos.
O ministro da Defesa Nacional destacou que o objetivo vai além da aquisição de equipamentos: pretende-se envolver Portugal também na produção, com impactos econômicos e tecnológicos no país. A OGMA recebeu o evento em Alverca.
A iniciativa insere-se num processo de modernização já em curso, semelhante ao que ocorreu com as aeronaves KC-390. As aeronaves foram adaptadas para cumprir requisitos da NATO, ONU e UE, assegurando compatibilidade com alianças internacionais.
A estratégia do Governo visa consolidar Portugal como polo europeu de defesa, com produção, manutenção e formação associadas às aeronaves adquiridas. A aposta aponta para o emprego qualificado e a transferência de know-how.
O chefe do Estado-Mor da Força Aérea sublinhou que as aeronaves preenchem uma lacuna operacional e geram interesse entre outras forças aéreas europeias, ao mesmo tempo que criam oportunidades de emprego.
O presidente e CEO da Embraer considerou o anúncio um marco histórico, destacando a possível instalação de uma fábrica sujeita a aprovações. O projeto reforçaria a posição de Portugal no contexto europeu da defesa.
Portugal aguarda ainda o desfecho de etapas regulatórias e financeiras para consolidar a fábrica em Beja, mantendo o plano de formação de pilotos e a parceria com a Embraer para o desenvolvimento do polo europeu.
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