- Em 2025 ficou claro que as redes sociais fazem mal e deixaram de ser problema apenas dos jovens; passaram a ser uma questão de Estado.
- A Austrália implementou o bloqueio de plataformas para menores de 16 anos, medida com poucos paralelos no mundo, cuja eficácia é questionada e que levanta debates sobre liberdade de expressão.
- O diagnóstico central é que o problema é humano, não apenas tecnológico, com a IA a intensificar a produção de textos e imagens que confundem o real com o programado.
- Parte da classe política não percebe o fenómeno do cansaço digital, enquanto outros insistem em mensagens curtas e debates simplificados, com indignação acima do tempo de carregamento de vídeos.
- Observa-se que o consumo passou a seguir algoritmos que amplificam desinformação, especialmente em contextos de guerra e eleições; a IA agrava a dificuldade de distinguir o real do criado, levando a concluir que o problema é humano.
Em 2025, a Austrália avançou com uma medida inédita: bloquear plataformas tecnológicas a menores de 16 anos. A decisão visa limitar o acesso a conteúdos potencialmente prejudiciais, incluindo casos de assédio online. A implementação é uma resposta a falhas reconhecidas na autorregulação das big techs.
O anúncio envolve o governo australiano e as grandes plataformas digitais, que enfrentam o desafio de adaptar as políticas de acesso a utilizadores muito jovens. A medida é aplicada a todo o território nacional e implica restrições de uso para quem tem menos de 16 anos.
A decisão surge num contexto de preocupações públicas com os danos das redes sociais, a desinformação e o impacto em eleições e guerras. Analistas discutem se a solução é eficaz e apontam para um diagnóstico sobre o papel humano no fenómeno, além da tecnologia.
Contexto e implicações
A adoção australiana intensifica o debate sobre a influência dos algoritmos na experiência online. Observa-se a ampliação do uso de IA para gerar textos, imagens e vídeos, o que dificulta distinguir o real do programado. O fenómeno levanta questões sobre liberdade de expressão.
Especialistas destacam que o problema não se restringe à tecnologia: envolve comportamentos e respostas sociais. A medida australiana é, segundo alguns, um passo político para enfrentar uma questão estrutural, que ultrapassa a regulamentação das plataformas.
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