- A Organização Europeia de Consumidores (BEUC) pediu à Comissão Europeia medidas contra a publicidade disfarçada de influenciadores, incluindo a proibição de promover produtos de risco, como fast food.
- O pedido resulta de um estudo em 12 países, que analisou 650 vídeos onde influenciadores promoviam moda rápida e comida pouco nutritiva.
- A BEUC aponta que em setenta e sete por cento dos vídeos de comida rápida não se divulgou a ligação às marcas, revelando práticas enganosas.
- Propõe-se atualizar as leis da equidade digital e da legislação dos serviços de comunicação audiovisual para clarificar responsabilidades no ecossistema de publicidade online.
- A organização afirma que é necessário regulamentar influenciadores, marcas e plataformas digitais na UE, com a Comissão Europeia a planear apresentar medidas no próximo ano.
A BEUC, Organização Europeia de Consumidores, dirigiu à Comissão Europeia um conjunto de medidas adicionais contra a publicidade disfarçada de influenciadores nas redes sociais. O apelo surge após um estudo realizado entre março e setembro, com 12 países europeus, que analisou 650 vídeos de moda rápida e junk food. A investigação aponta para práticas enganosas e lacunas legais.
Conclui ainda que 67% dos vídeos de comida rápida não revelam ligações às marcas. As mensagens publicitárias são, por vezes, apresentadas como expressões de estilo pessoal, confundindo marketing e opiniões autênticas. Quando identificadas, as etiquetas e descontos aparecem de forma confusa ou ocultas nos comentários.
A BEUC defende atualização das regras da União Europeia para clarificar responsabilidades no ecossistema da publicidade online. O objetivo é proteger consumidores de riscos associados a influenciadores, marcas e plataformas digitais, incluindo a necessidade de regulamentação em legislação de equidade digital.
Proposta e propósito
A organização solicita a proibição da promoção de produtos de risco, como fast food, e uma atualização da lei de serviços de comunicação audiovisual.
Contexto legislativo
A BEUC aponta que vários países já adotaram medidas nacionais para regular a promoção de produtos financeiros de risco. A proposta visa estender esse rigor à publicidade de influenciadores no âmbito da UE, com impacto esperado no próximo ano.
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