- Entre 1 janeiro de 2024 e 30 junho de 2025, as urgências de obstetrícia na Península de Setúbal estiveram encerradas em mais de 60% dos dias (547 dias analisados), com Setúbal a 67%, Barreiro a 59% e Almada a 54%.
- No total, Setúbal registou 371 dias de portas fechadas, Barreiro 324 dias e Almada 296 dias, números que refletem a gravidade da situação na região.
- As causas centrais apontadas são a escassez de profissionais e a idade avançada dos médicos: em Setúbal existem 11 obstetras, apenas três com menos de 50 anos; no Barreiro, quatro dos nove têm mais de 59 anos.
- A rotatividade e o não cumprimento do número mínimo de profissionais exigido pela Ordem dos Médicos, levando a dias com nenhuma urgência aberta, já levou ao encerramento simultâneo dos três serviços.
- O Governo anunciou a criação de uma urgência regional em 2026, como parte de medidas de centralização para responder ao problema, que já levou a reuniões de urgência com as administrações hospitalares da Margem Sul.
Urgências de obstetrícia na Margem Sul encerraram mais dias do que abriram entre 1 janeiro 2024 e 30 junho 2025. Dados de um relatório da IGAS, divulgados pela TVI, mostram encerramentos em 3 hospitais da Península de Setúbal durante 547 dias analisados.
Ao todo, as séries de fechamentos correspondem ao que pode equivaler a quase um ano de resposta obstétrica por unidade. A situação agravou-se de 2024 para 2025, segundo a reportagem.
Parágrafo 3: Em Setúbal, o Hospital de São Bernardo fechou 371 dias, 67% do período. Barreiro, no Nossa Senhora do Rosário, teve 324 dias encerrado, 59%. Almada, Garcia de Orta, registou 296 dias, 54%.
Resultado por hospital
- Setúbal: 371 dias de portas fechadas correspondem a 67% do total analisado.
- Barreiro: 324 dias encerrado, 59% do período informado.
- Almada: Garcia de Orta com 296 dias fechados, 54%.
Causas apontadas e impacto operacional
A reportagem aponta escassez e idade avançada dos obstetras como fatores centrais. Em Setúbal, 11 profissionais, apenas 3 com menos de 50 anos, limitam a obrigatoriedade de turnos noturnos. No Barreiro, quatro dos nove têm mais de 59 anos, operando apenas por voluntariado.
Rotatividade e dias sem atendimento
Os três serviços funcionam em rotatividade, mas houve dias sem urgência aberta em todas as unidades, por não atingirem o número mínimo de profissionais exigidos pela Ordem dos Médicos. Em alguns dias, os três hospitais encerraram simultaneamente.
Resposta do governo e perspetivas futuras
A ministra da Saúde anunciou, já em janeiro de 2026, a concentração de serviços e a criação de uma urgência regional para a Península de Setúbal, alinhada com medidas de centralização para 2026. Em 2025, o tema já motivou reuniões de urgência entre administrações hospitalares da região.
Contexto institucional
A cobertura mediática situa o problema como grave, com episódios repetidos de encerramento simultâneo em 2024-2025. O Executivo indicou que a solução passa por reorganizar recursos e criar uma urgência regional para responder à procura obstétrica.
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