- O autocuidado masculino é um conjunto de práticas diárias para cuidar da saúde física, mental e emocional, indo além da higiene e da aparência.
- Barreiras sociais ainda existem e podem impactar a saúde emocional e a prevenção; reconhecer que cuidar de si é responsabilidade e maturidade é fundamental.
- Wearables e health trackers estão cada vez mais presentes, ajudando os homens a monitorizar progressos e manter mudanças de estilo de vida.
- Práticas úteis incluem consultas médicas de rotina, alimentação equilibrada, prática regular de exercício, sono adequado, redução de álcool e cuidado da pele, cabelo, unhas e higiene genital.
- Há interesse em procedimentos estéticos pouco invasivos para pénis e escroto (ácido hialurónico, nano/microfat, toxina botulínica) adaptados a diferentes faixas etárias; a prevenção e o acompanhamento com um andrologista são recomendados desde os 30 anos.
O Dia Internacional do Autocuidado, celebrado a 24 de julho, serviu de contexto para uma entrevista com Nuno Tomada, urologista e andrologista no MS Medical Institute. O objetivo foi perceber o que hoje se entende por autocuidado masculino, incluindo práticas diárias, saúde mental e bem‑estar físico. A conversa abordou ainda a importância de romper com estigmas de masculinidade ligados à saúde.
Tomada sublinhou que o autocuidado vai além da higiene e da estética, abrangendo saúde física, emocional e social. Destacou a relevância de pausas conscientes, uso de wearables para monitorização de progressos e estratégias para integrar hábitos saudáveis na rotina diária, mesmo em ambientes com elevada pressão.
O especialista também referiu intervenções estéticas pouco invasivas como parte do autocuidado, nomeadamente ácido hialurónico, nano e microfat, e toxina botulínica, aplicadas em consultório para condições específicas. O foco estende-se a diferentes faixas etárias, sempre com orientação de profissionais de saúde especializados.
Práticas diárias e monitorização
A entrevista enfatiza pilares do autocuidado: consultas médicas regulares, alimentação equilibrada, exercício físico, sono adequado e redução de álcool. A saúde mental é igualmente relevante, com estímulo à expressão de emoções e procura de apoio psicológico quando necessário.
Wearables surgem como ferramenta de motivação e monitorização do progresso. Segundo o médico, estes dispositivos ajudam homens a manter mudanças de estilo de vida que melhoram a saúde física e, por consequência, o bem‑estar emocional.
A prática clínica indica que o autocuidado físico sustenta o bem‑estar psicológico. Romper com a ideia de que cuidar de si é sinal de fraqueza é apresentado como passo essencial para uma vida mais equilibrada.
Abordagens estéticas e prevenção ao longo da vida
Entre as estratégias, destacam‑se pausas conscientes e exercícios de relaxamento incluídos na rotina diária. Em termos de procedimentos, a entrevista aponta para técnicas não invasivas com crescente procura por faixas etárias distintas, especialmente relacionadas com a aparência genital.
Para o pénis e o escroto, mencionam‑se opções como ácido hialurónico, nano/microfat e uso de toxina botulínica, sempre em contexto não cirúrgico. A discussão deixa claro que estas intervenções devem ser acompanhadas por um profissional de saúde qualificado.
O especialista aponta que o autocuidado deve adaptar‑se às necessidades de cada idade. O acompanhamento por um andrologista ao longo da vida é visto como crucial para orientar as melhores práticas de autocuidado, desde os 30 até aos 60 e além.
Perspectivas ao longo da vida
Quanto à prevenção, o entrevistado indica que o foco inicial ocorre mais cedo, por volta dos 30 anos, com o objetivo de atrasar sinais de envelhecimento. Aos 60 anos, a orientação passa pela continuidade do acompanhamento médico para manter energia e vitalidade nas décadas seguintes.