- Os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar aderem à greve geral de 11 de dezembro, segundo fonte sindical à Lusa.
- O rompimento do acordo assinado em agosto com o Governo e o INEM previa a aplicação de protocolos clínicos para melhorar cuidados.
- Os protocolos em vigor abrangem anafilaxia, convulsões e sepsis; os de dor e convulsões estavam por aplicar, e o protocolo de paragem cardiorrespiratória não pode ser implementado.
- O rompimento coincide com a entrada do atual presidente no INEM; o STEPH pediu esclarecimentos à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, sem resposta.
- Se não houver resposta, o STEPH avança com mais ações; TEPH receberam formação para todos os protocolos, incluindo 150 recentemente contratados, mas falta colocar medicamentos nas ambulâncias e publicar as orientações técnicas.
Os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) anunciaram nesta sexta-feira que aderem à greve geral marcada para 11 de dezembro. A decisão foi tomada por unanimidade pelo sindicato, em resposta ao rompimento do acordo de agosto com o Governo e o INEM.
O acordo previa a implementação de protocolos de atuação clínica que, segundo o STEPH, melhorariam os cuidados aos cidadãos. Os protocolos, discutidos desde 2016, já contemplavam medidas em várias situações de risco.
Até agora já vigoram, desde agosto, protocolos em casos de anafilaxia, convulsões e sepsis. Ainda não foram aplicados os de resposta à dor e convulsões, e o protocolo de paragem cardiorrespiratória ficou sem possibilidade de implementação em dezembro.
Contexto institucional
O rompimento coincide com a entrada do atual presidente no INEM. O STEPH solicitou esclarecimentos à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, sem obter resposta. O sindicato vê com apreensão a ausência de explicações oficiais.
Segundo o STEPH, os TEPH já receberam formação para todos os protocolos acordados. Contudo, falta apenas colocar os medicamentos nas ambulâncias e publicar as orientações técnicas que regulam a sua utilização.
O presidente do STEPH sublinha que, sem respostas, o sindicato poderá avançar com novas ações reivindicativas. A direção do STEPH ressalva que, sem operacionalização, os profissionais enfrentam dificuldades para aplicar os protocolos.