- Alterações comportamentais em gatos podem indicar sofrimento mental e, por vezes, correspondem a dor física não diagnosticada.
- Fatores como experiências passadas negativas, socialização insuficiente, ambiente instável e falta de estimulação podem favorecer problemas de saúde mental felina.
- Doenças associadas ao stress em gatos incluem Cistite Ideopática Felina, lambedura psicogénica e alterações de peso; o diagnóstico nem sempre é simples.
- Recomendam-se mudanças no ambiente e nas interacções, distribuição da alimentação ao longo do dia, manter recursos extras em casa quando houver mais de um gato, e introdução cautelosa de novos animais; em alguns casos, pode haver medicação.
- Qualquer alteração no comportamento deve levar a uma avaliação veterinária, com foco na melhoria do bem-estar através de ajustes ambientais e, se necessário, tratamento médico.
O tema ganhou fôlego com a divulgação de orientações que associam alterações comportamentais em gatos a problemas de saúde mental e física. Especialistas destacam que sinais de sofrimento podem estar ocultos e requerem monitorização cuidada do ambiente e da interação com o animal.
Segundo veterinários especializados, ansiedade, medos, problemas sociais e comportamentos repetitivos são comuns em felinos. O diagnóstico pode ser difícil porque os gatos tendem a esconder o mal-estar como estratégia evolutiva para evitar predadores.
Os profissionais ressaltam que o ambiente doméstico instável, bem como experiências passadas negativas, podem desencadear alterações no comportamento. A dor crónica também é uma causa frequente de mudanças no comportamento.
Especialistas destacam que qualquer alteração no comportamento deve ser encarada como sinal de alerta. Entre os indicadores estão alterações no sono, maior escondimento, alterações no apetite e vocalizações atípicas.
É comum relacionar o sofrimento mental a doenças físicas nos gatos. Entre as patologias associadas estão a Cistite Ideopática Felina, lambedura excessiva e variações de peso, que exigem avaliação veterinária.
Para evitar a progressão de problemas, os especialistas recomendam enriquecer o ambiente com brinquedos interativos e locais de esconderijo. Distribuir a alimentação ao longo do dia ajuda a estabilidade emocional.
Quando há mais de um gato, aconselha-se ter recursos extras, como bebedouros, comedouros e caixas de areia. A introdução de novos animais deve ocorrer com cautela e supervisão para reduzir o stresse.
O tratamento do stress em gatos pode exigir mudança ambiental e de interações. Em alguns casos, a medicação pode ser considerada, sempre sob orientação veterinária, para mitigar sintomas.
Rita Rodrigues, veterinária especializada, realça que qualquer sinal de alterações no comportamento merece avaliação. A equipa alerta para a necessidade de monitorizar sono, apetite, atividade e higiene do pelo.
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