- O Ministério do Interior francês confirmou um ciberataque que afetou dados de 16,4 milhões de cidadãos, segundo o ministro Laurent Nuñez.
- O ataque incluiu acesso a ficheiros confidenciais, como registos criminais (TAJ) e o Cadastro de Procurados (FPR), com milhões de pontos de dados potencialmente expostos.
- A intrusão ocorreu através de contas de e-mail profissionais e códigos de acesso; o alcance total ainda não é conhecido.
- O incidente não parece colocar em risco a vida dos cidadãos; o ministério já tinha implementado autenticação de dois fatores.
- O ataque foi reivindicado pelo grupo Indra via BreachForums; a Procuradoria de Paris abriu investigação, com atuação do Gabinete de Prevenção do Cibercrime (OFAC).
Um ciberataque contra o Ministério do Interior francês comprometeu dados de 16,4 milhões de cidadãos, confirmou o ministro Laurent Nuñez. A invasão foi reivindicada pelo grupo Indra como retaliação ao desmantelamento dos ShinyHunters. O caso está em investigação judicial para identificar os responsáveis.
Segundo Nuñez, dezenas de ficheiros confidenciais foram extraídos, incluindo registos criminais e a lista de procurados. Foram afetados serviços de correio eletrónico do ministério e milhões de pontos de dados podem estar em risco. A dimensão total da fuga ainda não é conhecida.
A intrusão ocorreu através de contas de e-mail profissionais e códigos de acesso, ainda não determinados, com autoridades a avaliar o alcance do ataque. O ministro destacou que a autenticação de dois fatores já tinha sido implementada, e que algumas palavras-passe foram removidas.
Investigação em curso e reacções
A procuradora de Paris, Laure Beccuau, foi informada imediatamente, levando a uma investigação do Gabinete de Prevenção do Cibercrime (OFAC) por atividade suspeita dirigida aos servidores de correio eletrónico.
O ataque foi alegadamente reivindicado por um contacto no antigo BreachForums, que indicou disponibilidade para negociar a devolução de dados. A mensagem assinada por Indra também afirma ter acesso a dados da DGFIP e do CNAV.
As autoridades francesas não descartam interferência estrangeira nem crime cibernético isolado. A investigação continua a apurar responsáveis e o alcance real da exposição de informações.
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