- A Vasp planeou reestruturar as rotas de distribuição de imprensa escrita em oito distritos do interior, incluindo Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja.
- A medida pode arrancar já em janeiro, com a possibilidade de deixar de entregar jornais e revistas nessas localidades.
- Autarcas e residentes pedem intervenção do Estado para evitar isolamento regional e enfraquecimento democrático.
- Isabel Ferreira, presidente da Câmara de Bragança, afirma que é dever do Estado assegurar o acesso à informação.
- Em Freixo-de-Espada-à-Cinta e Covilhã surgem apreensões de que a população perca jornais e fique mais isolada.
A Vasp anunciou planos de reestruturar a distribuição de imprensa escrita em oito distritos do interior, citando dificuldades financeiras e a possibilidade de deixar de entregar jornais em várias localidades de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja a partir de janeiro.
A medida preocupa leitores do interior, que entendem que pode ampliar o fosso entre interior e litoral e comprometer o acesso à informação.
Isabel Ferreira, presidente da Câmara de Bragança, considera este sinal de desvalorização do interior e defende que o Estado deve assegurar o acesso à informação.
Reação local
Em Freixo de Espada à Cinta, moradores expressaram apreensão, afirmando que a população precisa dos jornais e que perder a imprensa terá consequências negativas para a região.
António Baltazar, residente na Covilhã, diz que a população está cada vez mais abandonada e isolada; a suspensão pode impactar a democracia, pedindo intervenção de autarquias e Governo.
Carlos Alberto, covilhanense de 60 anos, acredita que a situação pode ser resolvida, mas avisa que, na ausência de solução, a região poderá pressionar para impedir o impacto da medida.